segunda-feira, 11 de março de 2013

PREFEITURA RESPONDERÁ JUDICIALMENTE SOBRE DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIAS GRÁVIDAS


No final de 2012, ao encerrar seu mandato, o então prefeito Marcílio Vieira Pacheco exonerou os servidores lotados em cargos de confiança e rescindiu os contratos temporários realizados através de processo seletivo, conforme dita a lei. Entretanto, três funcionárias não passaram por este processo, visto que as três estavam grávidas, tendo as mesmas apresentado exames comprovando a gestação. Em todos os países civilizados a trabalhadora grávida experimenta maior proteção; quer seja por impedimento de tarefas que coloquem em risco a gestação, quer seja pela proibição de demissão por parte do empregador. As medidas protetivas, que variam de país a país, não visam proteger a mulher, mas sim a criança que está por nascer. Mas o atual prefeito de Mar de Espanha não entendeu desta forma e demitiu as três funcionárias, sendo uma sobrinha do atual vice-prefeito, Neodênio Ventura. A atitude, apesar de polêmica, contraria diversas decisões judiciais emanadas em todo o país. Em Maceió, por exemplo, a Prefeitura demitiu a funcionária Yela-Diane de Oliveira alegando que ela não gozava de estabilidade, pois exercia cargo comissionado. Na época, ela estava com 18 semanas e 2 dias de gestação. A Justiça não só concedeu a readmissão da funcionária como obrigou a Prefeitura a lhe pagar todos os salários referentes aos meses não trabalhados. Em consulta ao site do TST (Tribunal Superior do Trabalho) nossa reportagem foi informada que, a partir de agora, o órgão reconhece a estabilidade provisória de gestante mesmo quando o contrato de trabalho for por tempo determinado. No dia 18 de fevereiro, por uma coincidência, o “Jornal Nacional”, da Rede Globo, veiculou matéria sobre o caso. “Pela legislação brasileira, a gravidez garante estabilidade da empregada grávida até o quinto mês após o parto”, afirmou a matéria. Nossa equipe ligou para o Setor de Recursos Humanos da Prefeitura, no dia 19 de fevereiro, para buscar mais informações sobre o assunto, entretanto a servidora que atendeu o telefone disse que a responsável não podia atender a ligação naquele momento. Duas das funcionárias grávidas demitidas pela Prefeitura de Mar de Espanha estariam entrando na Justiça a fim de cobrar seus direitos.


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